Rumo à convergência global: economias emergentes, a ascensão da China e o ocaso do Ocidente?
Resumo
No cerne deste trabalho está a ideia de que o presente é um momento de reviravolta na geografia do desenvolvimento global. Há mais de 200 anos, vêm aumentando, de modo geral, as desigualdades econômicas mundiais. Nos albores da Revolução Industrial, as diferenças de renda per capita entre a Europa Ocidental, de um lado, e a Índia, a África ou a China, de outro, não superavam a casa dos 30% (Bairoch, 1981) e, embora a Europa Ocidental fosse o núcleo de um conjunto de impérios comerciais, a Ásia era o centro da produção industrial mundial. Essa situação mudou radical e rapidamente com o início da Revolução Industrial: várias regiões da Europa Ocidental emergiram como os primeiros centros modernos de produção e desenvolvimento econômico, até então concentrados em diversos países de colonização branca, enquanto a Grã- Bretanha e, posteriormente, os Estados Unidos (EUA) emergiram como potências econômica e politicamente hegemônicas. Em 1820, a renda per capita dos países mais ricos era três vezes maior que a dos mais pobres. Em 1870, era sete vezes maior e, em 1913, 11 vezes maior. Por volta de 1997, a quinta parte da população mundial que vivia nos países mais ricos era 74 vezes mais rica do que a quinta parte da população mais rica nos países mais pobres, contra 60 vezes em 1990, e 30 vezes em 1960 (PNUD, 1999: 3). [CONTINUA]
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