Celso Furtado e subdesenvolvimento: uma crítica às novas interpretações desenvolvimentistas no Brasil dos anos 2000
Resumo
Após a abertura econômica, nos anos 1990, e a adesão ao neoliberalismo pautado no Consenso de Washington, o Brasil viveu um esvaziamento do debate de longo prazo voltado para o desenvolvimento econômico. Entretanto, nos anos 2000, especialmente na segunda metade da década, ressurgiu um “novo-velho” debate sobre desenvolvimento econômico e desenvolvimentismo no país. Partindo da interpretação de Celso Furtado sobre desenvolvimento e subdesenvolvimento — que leva em consideração as possibilidades e os limites do desenvolvimento da periferia frente aos interesses econômicos dos países hegemônicos — este artigo tem como objetivo discutir e fazer uma crítica às novas ideias heterodoxas que são debatidas no Brasil. As abordagens analisadas dividem-se em três correntes: i) novo-desenvolvimentismo; ii) social-desenvolvimentismo; e iii) keynesiano-institucionalista.
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