Intérpretes do pensamento desenvolvimentista
Resumo
A entrevista com Celso Amorim, embaixador e ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil, ocorreu em março deste ano na sua residência no Rio de Janeiro. Foram quase três horas de conversa comigo, com os professores da UFRJ Ingrid Sarti e Marcos Dantas, e com Glauber Carvalho e o ex-senador Roberto Saturnino Braga, respectivamente, coordenador e diretor-presidente do Centro Celso Furtado.
O embaixador Celso Amorim é o chanceler brasileiro mais longevo no exercício da função, tendo ocupado o cargo em duas ocasiões: de 1993 a 1994, com o presidente Itamar Franco, e de 2003 a 2010, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sob sua gestão mais recente, a realização de uma política externa em prol da autonomia e do desenvolvimento, consubstanciada no lema de uma diplomacia “ativa e altiva”, resultou na projeção de uma imagem positiva do país e na liderança de proposições de mudanças do cenário internacional.
Entre as muitas conquistas para a diplomacia de nosso país, o chanceler destaca a criação do IBAS, fórum de diálogo Índia, Brasil e África do Sul, iniciativa que antecedeu a formação dos BRICS. Celso Amorim foi também ministro da Defesa, no governo da presidenta Dilma Rousseff, do qual ressalta a criação da Escola Sul-Americana de Defesa, na União de Nações Sul-Americanas – UNASUL.
O momento desta entrevista é bastante oportuno, dado o cenário de crise política aguda que prejudica e faz retroceder conquistas e avanços da inserção internacional de nosso país. O depoimento do chanceler Celso Amorim é um alento, pois nos faz lembrar que há relativamente pouco tempo nosso país gozava de uma reputação muito positiva baseada no protagonismo que assumiu em suas relações exteriores.
Carmem Feijó
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