Estrangulamento externo e estagnação: o papel dos constrangimentos estruturais endógenos e exógenos na longa prostração argentina
Resumo
Durante cinco décadas após 1929, e particularmente durante o último quarto do século XX, a Argentina foi via de regra percebida como caso extremo de estagnação econômica. Assim, ela se tornou um convencional “caso de estudo” para economistas ortodoxos e heterodoxos. Para os liberais, seu malogro econômico decorreria do intervencionismo introvertido supostamente abraçado por suas autoridades. Ao contrário, os estatistas advogam que políticas liberais, ou um intervencionismo malconduzido, causariam as adversidades. Nesse debate dual, é comum que se negligencie a análise de como as vicissitudes do cenário externo poderiam perturbar o funcionamento da economia argentina, limitando o espectro de opções disponíveis aos atores locais. Este artigo é uma tentativa de caracterizar a compressão histórica das oportunidades comerciais abertas a este país, determinando uma carência cambial de longo termo, e sua gradual desestabilização macroeconômica.
Downloads
Referências
BANCO MUNDIAL. The East Asian Miracle: economic growth and public policy. World Bank Policy Research Report, agosto 1993.
CAVALLO, Domingo; MUNDLAK, Yair; DOMENECH, Roberto. La Argentina que Pudo Ser: los costos de la represión económica. Buenos Aires: Manantial, 1989b.
FAJNZYLBER, Fernando. Industrialización e internacionalización en la América Latina. México: Fondo de Cultura Económica, 1980.
GERALD, Ergerer. “Protection and Imperial Preference in Britain: The Case of Wheat 1925-1960”. The Canadian Journal of Economics and Political Science, vol. 31, no 3, 1965, pp. 382-89.
HAGGARD, Stephan; PANG, Chien-Kuo. “The Transition to Export-led Growth in Taiwan”. In ABERBACH, Joel D.; DOLLAR, D.; SOKOLOFF, Kenneth L. (eds.), The Role of the State in Taiwan’s Development. Nova York: M. E. Sharpe, 1994.
KRUEGER, Anne O. The Developmental Role of the Foreign Sector and Aid. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1982.
KUZNETZ, Paul W. Economic Growth and Structure in the Republic of Korea. New Haven: Yale University Press, 1977.
NOCHTEFF, Hugo. “Reestructuración industrial en la Argentina: regresión estructural e insuficiencias de los enfoques predominantes”. Desarrollo Económico, vol. 31, no 123, 1991, pp. 339-58.
PETRI, Peter A. The Lessons of East Asia: common foundations of East Asian success. Washington: The World Bank, outubro 1993.
PREBISCH, R. “O desenvolvimento econômico da América Latina e seus principais problemas”. Revista Brasileira de Economia, vol. 3, no 3, setembro 1949.
ROJAS, Mauricio. Historia de la Crisis Argentina. Buenos Aires: Distal, 2004.
SABATO, Jorge F. “El Agro Pampeano Argentino y la Adopción de Tecnología entre 1950 y 1978: un análisis a través del cultivo de maíz”. In PIÑEIRO, Martín; TRIGO, Eduardo. Procesos Sociales e Innovación Tecnológica en América Latina. San Jose, Costa Rica: Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura, 1983.
SCHORR, M.; APIAZU, D.; BASUALDO, E. M. La Reestructuración y el Redimensionamiento de la Producción Industrial Argentina durante las Últimas Décadas. Instituto de Estudios y Formación de la CTA, 2000.
SILVA, Vera Martins da. “Subsídios de preços à produção e consumo de trigo no Brasil”. Análise Econômica, vol. 11, no 7, 1989, pp.91-113.
TAVARES, Ma. da C. Da substituição de importações ao capitalismo financeiro: ensaios sobre economia brasileira. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
TAYLOR, Alan. “On the Costs of Inward-looking Development: Price Distortions, Growth, and Divergence in Latin America”. The Journal of Economic History, vol. 58, no 1, 1998.
TOMASINI, Roque Gilberto Annes; AMBROSI, Ivo. “Aspectos econômicos da cultura de trigo”. Cadernos de Ciência & Tecnologia, vol. 15, no 2, Brasília, 1998, pp. 59-84.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).