Criticism of the development model of the military government in Brazil: the intellectual production of Celso Furtado between 1981 and 1983
Keywords:
Celso Furtado, Economic Recession, External IndebtednessAbstract
The objective of the paper is to discuss Celso Furtado's intellectual production during the so-called recessive triennium in Brazil, that is, between 1981 and 1983. During this period, the author published three books that were little known by the general readership. “O Brasil ‘pós-milagre’” [The Brazil “post-miracle”], “A nova dependência: dívida externa e monetarismo” [The new dependency: external debt and monetarism] and “Não à recessão e ao desemprego” [No to recession and unemployment]. In them, Furtado weaves a set of concerns about the economic and social situation in Brazil that led him to formulate diagnoses, theoretical-interpretative and political propositions about the capacity of the Brazilian State to face the external debt crisis and the sharp drop in the domestic product of the country. It is argued that in these three books the author synthesizes his criticism of the development model that marked the political economy of the military regime in Brazil that was in force from 1964 to 1985.
Downloads
References
BACHA, Edmar L.; TAYLOR, Lance. Brazilian income distribution in the 1960s: “facts”, model results and the controversy. Journal of Development Studies. v. 14, p. 271-297, 1978.
BASTOS, Pedro P. Z.; GRANDI, Guilherme; SAES, Alexandre M. A trajetória da área “Brasil República” na história da ABPHE (1993-2015). In: SAES, Alexandre M.; RIBEIRO, Maria A. R.; SAES, Flávio A. M. (Orgs.). Rumos da história econômica no Brasil: 25 anos da ABPHE. São Paulo: Alameda, 2017.
BONTEMPO, Hélio C. Transferências externas e financiamento do governo federal e autoridades monetárias. Pesquisa e planejamento econômico, Rio de Janeiro, v. 18, n. 1, p. 101-130, 1988.
BRESSER-PEREIRA, Luiz C. Método e paixão em Celso Furtado. In: BRESSER-PEREIRA, Luiz C.; REGO, José M. (Orgs.). A grande esperança em Celso Furtado. São Paulo: Ed. 34, 2001.
COUTINHO, Maurício C. A teoria econômica de Celso Furtado: Formação Econômica do Brasil. In: LIMA, M. C.; DAVID, M. D. (Orgs.). A atualidade do pensamento de Celso Furtado. Goiânia; Leste Vila Nova: Verbena, 2008.
FISHLOW, Albert. Brazilian size distribution of income. The American Economic Review, v. 62, n. 1-2, p. 391-402, 1972.
FISHLOW, Albert. A economia política do ajustamento brasileiro aos choques do petróleo: uma nota sobre o período 1974/84. Pesquisa e Planejamento Econômico, Rio de Janeiro, v. 16, n. 3, p. 507-550, 1986.
FRANCO, Gustavo H. B. A moeda e a lei: uma história monetária brasileira, 1933-2013. Rio de Janeiro: Zahar, 2017.
FURTADO, Celso. A economia brasileira: contribuição à análise do seu desenvolvimento. Rio de Janeiro: Ed. A Noite, 1954.
FURTADO, Celso. Uma economia dependente. Rio de Janeiro: MEC, 1956.
FURTADO, Celso. Perspectivas da economia brasileira. Rio de Janeiro: ISEB, 1958.
FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1959.
FURTADO, Celso. A pré-revolução brasileira. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1962.
FURTADO, Celso. Subdesenvolvimento e estagnação na América Latina. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966.
FURTADO, Celso. Teoria e política do desenvolvimento econômico. São Paulo: Ed. Cia. Nac., 1967.
FURTADO, Celso. Análise do “modelo” brasileiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.
FURTADO, Celso. A hegemonia dos Estados Unidos e o subdesenvolvimento da América Latina. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973.
FURTADO, Celso. O Brasil “pós-milagre”. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
FURTADO, Celso. A nova dependência: dívida externa e monetarismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
FURTADO, Celso. Não à recessão e ao desemprego. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
FURTADO, Celso. Economia colonial no Brasil nos séculos XVI e XVII. São Paulo: Hucitec; ABPHE, 2001.
FURTADO, Celso. Celso Furtado: correspondência intelectual, 1949-2004. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
HOFFMANN, Rodolfo. Considerações sobre a evolução recente da distribuição de renda no Brasil. Revista de Administração de Empresas, v. 13, n. 4, p. 7-17, 1973.
LARA RESENDE, André. A política brasileira de estabilização: 1963-1968. Pesquisa e Planejamento Econômico, v. 12, n. 3, p. 757-806, 1982.
MALAN, Pedro S. A questão externa. In: FMI x Brasil: a armadilha da recessão. São Paulo: Fórum Gazeta Mercantil, 1983.
MATTOSO, Kátia de Q. Le développement, qu’est-ce? L’apport de Celso Furtado. Cahiers du Brésil Contemporain, Paris, n. 33-34, 1998.
OLIVEIRA, Francisco de. Celso Furtado e o pensamento econômico brasileiro. In: MORAES, Reginaldo; ANTUNES, Ricardo; FERRANTE, Vera B. (Orgs.). Inteligência brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1986.
SAES, Alexandre M.; BARBOSA, Alexandre de F. (Orgs.). Celso Furtado e os 60 anos de Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Ed. Sesc, 2021.
SOUZA, Pedro H.G.F. de. Uma história de desigualdade: a concentração de renda entre os ricos no Brasil, 1926-2013. São Paulo: Hucitec, 2018.
SZMRECSÁNYI, Tamás. Celso Furtado (1920-2004) e a economia do desenvolvimento. In: SZMRECSÁNYI, Tamás; COELHO, Francisco da S. (Orgs.). Ensaios de História do Pensamento Econômico no Brasil Contemporâneo. São Paulo: Atlas, 2007.
WERNECK, Rógerio L. F. Poupança estatal, dívida externa e crise financeira do setor público. Pesquisa e Planejamento Econômico, Rio de Janeiro, v. 16, n. 3, p. 551-574, 1986.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).